Parte 47 - Consulta sobre fertilidade

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
Questionei Deus e marquei uma consulta com um especialista em fertilidade: Parte 46
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Eu estava ansiosa para a consulta com o médico especialista em reprodução humana, mas finalmente havia chegado a hora. Fui com meu namorado e minha mãe. Ele me perguntou todo o meu histórico de anticoncepcionais, ciclos menstruais, problemas ginecológicos e histórico familiar de má-formação, câncer e outras doenças. Depois ele me explicou em detalhes como funciona a ovulação e discordou que a quimioterapia causaria infertilidade. Esse ponto me fez achar que ele não tem a menor experiência com o meu caso, pois existem estatísticas seguras de que isso acontece frequentemente. Ele também me explicou quais são as possibilidades para mim: congelamento de óvulos e congelamento de tecido ovariano. Mas me disse que as chances são muito pequenas para ambos os casos. Então, a opinião médica dele era que não valeria a pena arriscar a minha saúde por causa disso. Ele acrescentou que mesmo que ainda assim eu queira tentar, teríamos que esperar o resultado do exame de receptor hormonal para saber qual o impacto na minha saúde caso eu tomasse hormônios para ajudar na ovulação. Apesar de parecer inexperiente no assunto quimioterapia e insensível com o sonho feminino de ser mãe, ele foi bastante zeloso com a minha saúde.

“Wilsoooooooonnnnnnnn” ( O Náufrago )

Saí de lá ainda muito preocupada e querendo uma segunda opinião. Fui ao hospital do câncer e solicitei urgência do exame de receptor hormonal, como o meu oncologista havia solicitado. Foi assim que descobri que o exame tinha sido solicitado para o material retirado da core-Biopsia ao invés do material da cirurgia. Era um erro que atrasaria o meu tratamento. Agora eu teria que avisar para a minha mastologista, a qual teria que solicitar novamente o exame.
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Próxima Postagem: Parte 48 

Parte 46 - Questionamentos a Deus

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
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Questionei muito Deus. Só Deus sabe o quanto é importante para mim engravidar, ter um filho, amamentar, ser mãe em todos os aspectos. Então por que eu estava passando por isso? Era muito injusto. Por um momento me senti como se Deus não se importasse com a minha felicidade. E ao mesmo tempo eu sentia muita culpa por pensar assim porque eu sabia que Deus só queria o melhor para mim. Eu só não admitia a possibilidade que o melhor para mim fosse nunca engravidar. Contei para todas as minhas amigas e elas tentaram me acalmar. Dias antes eu tinha dado meu testemunho na igreja, sobre confiança em Deus e nunca vou esquecer o que minha amiga Borges disse: “Você acha mesmo que ia dar um testemunho lindo e forte como aquele e o inimigo não faria nada pra tentar te derrubar? Não deixe ele abalar a sua fé”.

“My precious” – “Meu precioso”- O Senhor dos Anéis

Eu só pensava em congelar meus óvulos, mesmo que fosse a custo da minha saúde. Mas eu precisava de uma indicação. Eu não conhecia nenhum profissional na área de reprodução humana. Felizmente minha amiga Kelly conhecia uma pessoa e tentou contato com ela para me indicar. Era véspera de um feriadão de quatro dias, então eu teria que ter paciência. Minha vontade era resolver tudo no mesmo dia. Esse feriadão foi de muito choro e angústia. Pelo menos eu já tinha me acalmado o suficiente para me arrepender de questionar Deus e voltar a confiar nos planos Dele. Alguns dias depois eu tinha a indicação de um médico e marquei imediatamente a consulta. Contei meu caso para a recepcionista, que se comoveu e marcou minha consulta para o dia seguinte.
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Próxima Postagem: Parte 47 

Parte 45 - Contando ao meu namorado

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
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Decidi ir direto à casa do meu namorado para contar para ele. Minha mãe, que me acompanhou na consulta, perguntou “Você vai mesmo contar pra ele?”. E eu respondi que eu não estou namorando de brincadeira. Eu quero formar uma família com ele. E se for pra ele me deixar caso eu não possa engravidar, que comece a pensar desde agora. Quanto antes acabar, menos eu vou sofrer. Além do mais não quero enganá-lo. 
Liguei para o meu namorado com voz de choro e disse que queria ver ele. Ele perguntou:
- O que foi, amor?
- Eu te conto quando chegar aí.
- Foi por causa da consulta?
- Foi.
- O que foi que o médico disse?
- Eu te conto quando chegar aí. Senão eu vou chorar.
- Tá bom. Mas fica calminha, tá?
- Tá.
- Te amo.
- Também te amo.

“Slot quer chocolate!” – Os goonies

Só me permiti chorar quando cheguei à casa do meu namorado. Chorei muito e contei para ele. Ele sorriu aliviado, me abraçou e disse. “Oh amor, que susto. Pensei que era alguma coisa grave. Fiquei preocupado. Que besteira. Qualquer coisa a gente adota”. Fiquei impressionada com a calma dele. Mas, como eu estava com raiva, imaginei que ele não se importava com isso porque não sonhava tanto em ter um filho quanto eu. Ele me disse que eu deveria me concentrar nos 80% de chance de engravidar, que é uma boa probabilidade. Meu namorado me acalmou um pouco, mas eu estava muito revoltada.
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Próxima Postagem: Parte 46 

Parte 44 - Chances de Infertilidade

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
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Perguntei ao médico quais as chances que eu não voltasse a menstruar depois da quimio, ele disse que eu teria em torno de 20% de chance de não poder engravidar. Ele me disse que essa chance era muito grande na medicina, e para mim também era. Essa probabilidade aumenta com a idade, então na minha idade esse percentual é pequeno assim. O médico me aconselhou a procurar uma clínica de reprodução humana, mas adiantou que lá eles me sugeririam congelar óvulos, mas para isso eu teria que tomar hormônios que induzem a ovulação e isso seria prejudicial para a minha saúde. Então a escolha era entre congelar óvulos e correr o risco de ter câncer novamente ou não tomar hormônios e correr o risco de nunca poder engravidar. Era uma decisão muito difícil para mim. Tentei me controlar para encerrar a consulta sem chorar e assim conseguir ser racional e perguntar tudo o que eu precisava saber.

“Why so serious?” – “Por que tão sério?” – Batman

Eu imagino que muitas pessoas acham que não tem o que pensar e que eu tenho que optar pela minha saúde. Mas, só sabe o quanto é difícil, quem é louco para ter um filho. Para mim, imaginar uma vida inteira sem passar pela dádiva de engravidar e dar a luz a uma criança é tão ruim que, dependendo do risco, eu assumiria a possibilidade de piorar o meu quadro. Não consigo imaginar a minha vida sem engravidar. Sonho com isso desde muito pequena. Planejei isso a minha vida toda.
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