Parte 1 - A Descoberta do Problema


Era o dia 20 de junho de 2010. Eu tirei o meu sutiã azul-claro, e percebi uma pequena mancha amarronzada na parte de dentro do sutiã, do lado direito. Lembrei que eu tinha visto no dia anterior também uma mancha mais ou menos no mesmo lugar e do mesmo lado, mas como o sutiã era vermelho, não consegui perceber a cor daquela mancha. No dia anterior eu tinha achado estranho, mas imaginei que eu não tinha percebido que o sutiã estava sujo quando vesti. Mas hoje, ao me lembrar disso, tive certeza de que a mancha tinha saído de mim. Pensei “Parece sangue, mas de onde veio? Será q veio da minha mama?  Ou eu me arranhei ou cortei em algum lugar? Será?”. Comecei a ficar nervosa e, mesmo com medo de machucar, espremi minha mama para ver se sairia alguma secreção. Para meu desespero, a secreção saiu, e tinha a mesma cor da mancha do sutiã. Chamei meu namorado e disse “Minha mama ta sangrando. O que é isso? Só pode ser câncer. Eu vou morrer. Eu só tenho 25 anos. Não quero morrer” Ele me disse pra ficar calma e corremos para a internet pra pesquisar sobre câncer e sobre sangramento na mama.

Estávamos na casa dele, mas como eu não me acalmava, resolvemos ir pra minha casa. Cheguei chorando e contei para a minha mãe que também se desesperou. Minha mãe nunca soube esconder sentimentos, mesmo quando isso me deixava mais nervosa ainda. Já meu pai e meu namorado procuravam me acalmar.

Coincidentemente eu já havia marcado uma consulta com uma mastologista para dali a três dias, pois tinha sentido minhas mamas doloridas perto da axila, o que eu achava ter acontecido por causa de um sutiã bastante apertado que eu tinha. Resolvi então ir ao hospital, de urgência mesmo, para saber se alguém tinha alguma idéia do que seria esse sangramento. Caso ninguém soubesse me explicar o motivo, ao menos eu já faria os exames e os levaria para a mastologista que eu havia marcado. Isso adiantaria a investigação da causa.

No hospital, fui atendida por uma ginecologista, pois não havia mastologistas de plantão. Essa era a primeira dos vários péssimos médicos que passariam pela minha vida na busca pelo diagnóstico deste sangramento.
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Próxima Postagem: Parte 2

3 comentários:

  1. Bela iniciativa Maíra! quando postar mais, me avisa!

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  3. Nem sempre é uma tarefa fácil falar de nós mesmos.Mas quando se sabe a importância de compartilhar,aumentar o conhecimento de alguém e fazer com que o outro não se sinta tão só numa batalha como essa... essa é uma atitude muito bonita!Parabéns,Maíra,por tanta sensibilidade!

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