Parte 58 - Reações da quimio

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
Questionei Deus e marquei uma consulta com um especialista em fertilidade: Parte 46
O especialista em reprodução humana me aconselhou e não congelar óvulos: Parte 47
Tive a última consulta com minha médica-anjo, que me indicou uma especialista em fertilidade: Parte 48
O especialista me aconselhou a não congelar óvulos. Pesquisei muitos dados sobre fertilização: Parte 49
A nova especialista em fertilidade preferia ganhar dinheiro fácil do que cuidar da minha saúde: Parte 50
Decidi não congelar óvulos: Parte 51
Comprei uma prótese mamária e um sutiã especial: Parte 52
A fisioterapia me ajudava com o braço e com a aceitação do problema: Parte 53
Antes da quimio tirei minhas dúvidas com o médico: Parte 54
O oncologista me explicou todos os detalhes e as enfermeiras era muito gentis: Parte 55
Tomei a quimioterapia e só senti dor de cabeça: Parte 56
Algumas horas depois da quimio fiquei enjoada e vomitei: Parte 57
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Nos três dias seguintes eu sempre acordava com fome, mas com muito medo de comer, pois eu ainda sentia um pouco de enjoo. Mesmo assim me alimentei somente com coisas leves, em pequenas quantidades e com intervalos de duas horas. Passei os dias febril, sonolenta, cochilava durante a tarde e quando eu estava acordada sempre sentia um pouco de dor de cabeça mas, por opção minha, não tomei remédios. A sonolência era por causa da medicação contra enjoo e contra alergia, mas a moleza e a febre eram por causa da quimioterapia. Meus lábios despelaram e feriram. No terceiro dia senti muita azia, mas tomei uma medicação para o estômago por conta própria e assim melhorei. Durante vários dias também senti enjoo de cheiros. Não precisava ser forte, qualquer cheiro me dava enjoo, desde perfume a esgoto passando pelo irritante cheiro de qualquer coisa que estivessem cozinhando. Além dos cheiros que habitualmente eu já sentia, passei a sentir cheiro de tudo que eu não sentia antes, como se meu olfato estivesse mais aguçado, mas sentir tantos cheiros assim quando se está enjoada é uma tortura. Eu chegava a ter até um pouco de enjoo de olhar para o meu quarto, mas eu acho que isso era psicológico porque eu passava muito tempo dentro do meu quarto e quase sempre me sentindo mal, então acho que eu passei a sentir um pouco de rejeição do meu quarto.


"Nunca serão!" - Capitão Nascimento em Tropa de Elite

Eu já começava a me sentir prisioneira do sono e da dor de cabeça. Muitas vezes eu queria assistir um filme, mas o sono e a dor de cabeça não deixavam. Outras vezes eu queria sair para tentar me animar, mas com dor de cabeça eu não tinha ânimo. Felizmente eu só precisei tomar a medicação contra os sintomas durante três dias, então no quarto dia acordei um pouco melhor. Mesmo assim tomei novamente a mesma medicação para o estômago do dia anterior a fim de prevenir a azia. Como eu já estava enjoada até da minha casa, resolvi sair um pouco. Antes, recebi visita de duas amigas do trabalho. Conversamos bastante e isso me fez perceber que eu precisava respirar um ar sadio. Eu só falava e pensava em doença.
No final da tarde fui para a casa do meu namorado. Conversamos um pouco com os amigos dele, comemos pizza, mas eu estava muito desanimada. Eu queria estar bem disposta, mas a moleza ainda persistia. Mais tarde tivemos a ideia de comer laranjas. Na volta para casa ainda comi papa de aveia antes de dormir.
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