Parte 60 - Dor no estômago

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
Questionei Deus e marquei uma consulta com um especialista em fertilidade: Parte 46
O especialista em reprodução humana me aconselhou e não congelar óvulos: Parte 47
Tive a última consulta com minha médica-anjo, que me indicou uma especialista em fertilidade: Parte 48
O especialista me aconselhou a não congelar óvulos. Pesquisei muitos dados sobre fertilização: Parte 49
A nova especialista em fertilidade preferia ganhar dinheiro fácil do que cuidar da minha saúde: Parte 50
Decidi não congelar óvulos: Parte 51
Comprei uma prótese mamária e um sutiã especial: Parte 52
A fisioterapia me ajudava com o braço e com a aceitação do problema: Parte 53
Antes da quimio tirei minhas dúvidas com o médico: Parte 54
O oncologista me explicou todos os detalhes e as enfermeiras era muito gentis: Parte 55
Tomei a quimioterapia e só senti dor de cabeça: Parte 56
Algumas horas depois da quimio fiquei enjoada e vomitei: Parte 57
3 dias de reações da quimio: enjoo, febril, sono, dor de cabeça, indisposição, ... : Parte 58
Senti muita dor no estômago por dias seguidos: Parte 59
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No dia seguinte acordei levemente melhor, comi uma fruta e fui para a fisioterapia, mas dor e o enjoo aumentavam cada vez mais. Geralmente eu não esperava muito pela minha sessão de fisioterapia, mas justo nesse dia eu esperei bastante. Decidi, então, ir à sala de fisioterapia para conversar com as mulheres e esquecer a dor e o enjoo. Chegando lá, contei para elas sobre o meu mal estar e várias delas me disseram que tomaram um remédio para o estômago, o mesmo que eu havia tomado contra azia nos primeiros dias da quimioterapia. Isso justificava que eu só tivesse sentido a dor a partir do dia que não tomei essa medicação. As mulheres disseram que o médico havia receitado esse remédio para elas e sugeriram que eu ligasse para o meu médico. Fiquei muito irritada por não ter resolvido esse problema antes, já que era tão simples. Eu não deveria ter aguentado essa dor por tanto tempo. Ao chegar em casa, depois da fisioterapia, tomei imediatamente esse remédio e liguei para o médico. Ele receitou que eu continuasse tomando esse remédio ao longo de todo o tratamento quimioterápico porém, com o dobro da dose que tomei.

“Minha mãe sempre dizia: a vida é como uma caixa de chocolate. Você nunca sabe o que vai encontrar” – Forrest Gump

Esperei o remédio fazer efeito e a partir daí não senti mais nenhum desconforto. Esse remédio mudou minha vida. Meu humor melhorou e eu passei a comer muito melhor. O médico já tinha me falado que eu sentiria mais fome e era exatamente assim que eu me sentia: sempre faminta. Nos dias seguintes eu continuei me sentindo muito bem. Fui perdendo o medo de comer fora de casa, de comer coisas mais pesadas, em fim, de comer normalmente. O único problema era abrir muito a boca, pois os cantos da boca estavam feridos, segundo o médico, por causa da baixa imunidade, as bactérias atacam os cantos da boca. Também fui perdendo o medo de sair de casa. Meu primeiro passeio foi a um shopping de manhã em um dia de semana. Mas aos poucos eu fui me permitindo ir para qualquer lugar. Minha única tarefa era ter atenção com a higiene, para não contrair vírus e bactérias, e atenção para não me machucar. Isso tudo devido à baixa imunidade.
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2 comentários:

  1. Me manda teu e-mail, queria saber qual o teu oncologista, onde vc faz as fisioterapias e onde vc faz as químicos. Vou começar tudo isso semana que vem! Bis. Meuemail eh maviakarol@hotmail.com

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