Parte 65 - 4a. Quimio

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
Questionei Deus e marquei uma consulta com um especialista em fertilidade: Parte 46
O especialista em reprodução humana me aconselhou e não congelar óvulos: Parte 47
Tive a última consulta com minha médica-anjo, que me indicou uma especialista em fertilidade: Parte 48
O especialista me aconselhou a não congelar óvulos. Pesquisei muitos dados sobre fertilização: Parte 49
A nova especialista em fertilidade preferia ganhar dinheiro fácil do que cuidar da minha saúde: Parte 50
Decidi não congelar óvulos: Parte 51
Comprei uma prótese mamária e um sutiã especial: Parte 52
A fisioterapia me ajudava com o braço e com a aceitação do problema: Parte 53
Antes da quimio tirei minhas dúvidas com o médico: Parte 54
O oncologista me explicou todos os detalhes e as enfermeiras era muito gentis: Parte 55
Tomei a quimioterapia e só senti dor de cabeça: Parte 56
Algumas horas depois da quimio fiquei enjoada e vomitei: Parte 57
3 dias de reações da quimio: enjoo, febril, sono, dor de cabeça, indisposição, ... : Parte 58
Senti muita dor no estômago por dias seguidos: Parte 59
Curei minha dor no estômago, lidei com outros problemas e arrisquei passear: Parte 60
Fiquei careca: Parte 61
A segunda sessão de quimio foi igual a primeira. Por isso, eu chorei: Parte 62
Curei minha dor no estômago e fui à psicóloga: Parte 63
Consultei a nutricionista e fiz a terceira quimio: Parte 64
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Na quarta sessão de quimioterapia eu já tratava meu médico como um amigo. Ele, que no início fazia cara de poucos amigos, já ria das minhas brincadeiras e também brincava comigo. A parte boa de ir fazer quimio era falar com aquele amigão que estava cuidando tão bem da minha saúde.
Nessa sessão a droga mudou, passou a ser a famosa “branquinha” que na verdade não tem cor, é translúcida. Eu estava muito ansiosa sobre como seria a reação do meu organismo a essa nova droga, eu esperava me sentir melhor, mas temia que as coisas piorassem. Na terceira sessão de quimioterapia aprendi que se eu não comer no dia da sessão, então eu não vomitarei. Permaneci com essa mesma ideia nesta sessão. Apesar de a droga ter mudado preferi não arriscar. Permaneci sem comer mesmo sentindo fome. Não me senti nem um pouco mal no dia da sessão. Nos dois dias seguintes, só senti um pouco de cansaço e prisão de ventre causada por uma das medicações contra enjoo. Pensei: essa droga é muito mais fácil de lidar! Engano meu. Nos dias seguintes a esses dois, as coisas começaram a piorar: a boca ficou muito mais ferida do que nas outras sessões, cada dia eu sentia menos o gosto dos alimentos, cada dia eu tinha mais diarreia (Sim! Depois da prisão de ventre veio a diarreia) , cada dia com mais moleza e cada dia com mais fraqueza, eu tinha que fazer um esforço físico muito grande para ficar de pé. Eu chegava a ficar cansada e ofegante quando ia do meu quarto para o banheiro.

"Muitas das falhas da vida acontecem quando as pessoas não percebem o quão perto estão quando desistem."
Thomas Edison


Estava sempre um pouco febril. E as dores no corpo eram atormentadoras pela constância apesar de não serem fortes. A maioria das pessoas relatava dores nas articulações quando se mexiam, mas meu corpo doía até quando eu estava deitava e imóvel. Eram como várias alfinetadas, as quais eu sentia com maior frequência na região torácica e, apesar dos analgésicos e anti-inflamatórios que eu tomava, a dor não passava. Era uma sensação tão irritante que eu chorava. Foram quatro ou cinco dias desse jeito. Mesmo assim, isso tudo era melhor do que o enjoo da quimio vermelha. Eca! 
Uma semana após a sessão, mais ou menos às 11 horas da noite, achei que eu estava com febre, e como não posso ter febre a partir de 37,8̊º C, resolvi checar no termômetro. Quase não acreditei quando vi exatamente 37,8̊ C. Repeti a medição e dessa vez marcou 38̊ C. Eu já sabia o que fazer: tomar um anti-térmico, ligar para o meu médico e ir ao hospital para fazer um hemograma, pois eu poderia estar com neutropenia febril, uma baixa acentuada das defesas. 
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