Parte 96 - Loucura nos exames

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta, tive consultas semanais com a mastologista, iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
Questionei Deus e marquei uma consulta com um especialista em fertilidade: Parte 46
O especialista em reprodução humana me aconselhou e não congelar óvulos: Parte 47
Tive a última consulta com minha médica-anjo, que me indicou uma especialista em fertilidade: Parte 48
O especialista me aconselhou a não congelar óvulos. Pesquisei muitos dados sobre fertilização: Parte 49
A nova especialista em fertilidade preferia ganhar dinheiro fácil do que cuidar da minha saúde: Parte 50
Decidi não congelar óvulos: Parte 51
Comprei uma prótese mamária e um sutiã especial: Parte 52
A fisioterapia me ajudava com o braço e com a aceitação do problema: Parte 53
Antes da quimio tirei minhas dúvidas com o médico: Parte 54
O oncologista me explicou todos os detalhes e as enfermeiras era muito gentis: Parte 55
Tomei a quimioterapia e só senti dor de cabeça: Parte 56
Algumas horas depois da quimio fiquei enjoada e vomitei: Parte 57
3 dias de reações da quimio: enjoo, febril, sono, dor de cabeça, indisposição, ... : Parte 58
Senti muita dor no estômago por dias seguidos: Parte 59
Curei minha dor no estômago, lidei com outros problemas e arrisquei passear: Parte 60
Fiquei careca: Parte 61
A segunda sessão de quimio foi igual a primeira. Por isso, eu chorei: Parte 62
Curei minha dor no estômago e fui à psicóloga: Parte 63
Consultei a nutricionista e fiz a terceira quimio: Parte 64
Na quarta sessão de quimio meu médico já era como um amigo: Parte 65
Tive que ir me inernar: Parte 66
Fiquei muito irritada porque as coisas pioraram: Parte 67
Foi difícil encontrar um hospital que aceitasse me receber. Ao menos o meu oncologista-anjo estava me assistindo muito bem: Parte 68
Fiquei internada na UTI: Parte 69
Depois de muito estresse, saí da UTI e fui para o quarto: Parte 70
Com muita dificuldade consegui receber alta: Parte 71
Após receber alta continuei angustiada e me sentindo feia: Parte 72
Passei a chorar por estresse, por estar cansada de ser doente: Parte 73 
Pude dar testemunho do amor de Deus por nós: Parte 74
Passei o final de semana em um evento, fiquei gripada e a quimio foi adiada: Parte 75
Tive que fazer um escândalo para o plano de saúde liberar minha medicação: Parte 76
Tive que insistir para tomar minha medicação. Além de todas as reações, perdi parte do paladar e fiquei com muita fraqueza nas pernas: Parte 77
De tanto faltar a fisioterapia, fiquei com problemas no braço. Também descobri a Menopausa: Parte 78
Meu oncologista confirmou minha menopausa. E convivi com a ansiedade pelo fim do tratamento: Parte 79
As reações pioraram na 6ª seção de quimio e passei a precisar de ajuda para tudo: Parte 80
Quase me internei novamente por causa de outra febre: Parte 81
Soube que precisaria fazer radioterapia. Dias depois acordei livre de boa parte das reações da quimio: Parte 82
Escrevi uma carta de agradecimento a alguns dos amigos que me ajudaram durante o tratamento: Parte 83
Continuação da carta de agradecimento: Parte 84
Comemorei várias vezes o fim da quimio: Parte 85
Aprendi várias lições durante a quimioterapia: Parte 86
Tive o natal e o ano novo com mais significado da minha vida: Parte 87
Comemorei meu aniversário, fiz as marcações da radioterapia e conheci meus primeiros cachorrinhos: Parte 88
Descobri que ter um cachorro é uma ótima terapia: Parte 89
Recebi alta da radioterapia: Parte 90
Tive que aprender a viver com a menopausa: Parte 91
Fiquei muito estressada ao voltar a trabalhar. Pouco depois, larguei a peruca: Parte 92
Tive que conviver por muito tempo com a dúvida de SE poderei engravidar um dia: Parte 93
Impossível não ter um imenso carinho pelos médicos que me curaram: Parte 94
Fiquei muito feliz porque as ondas de calor diminuíram, porém, pouco depois voltaram: Parte 95
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Regularmente eu fazia exames ginecológicos de ultrassonografia e também exames de sangue. E sempre estava tudo normal, graças a Deus. Mas um dia ao pegar meu exame de ultrassonografia, achei que meu útero estava muito grande, então comparei com os outros exames que eu tinha feito no passado. Realmente estavam muito grandes. Fiquei um pouco preocupada e no dia seguinte levei para que a médica visse. Então ela percebeu uma coisa que até então eu não tinha percebido: os meus ovários estavam gigantescos, um deles estava do mesmo tamanho do útero e em cada um deles havia um cisto e esses cistos eram tão grandes que eram quase do tamanho de um ovário normal. Minha médica ficou surpresa e me pediu para esperar 3 meses e repetir o exame, pois o tratamento para isso seria com hormônios, mas no meu caso não é possível porque meu tumor era do tipo hormonal. Ela disse também que caso eu refizesse o exame e os ovários ainda estivessem muito grandes, ela poderia fazer uma punção para drenar o líquido e assim diminuir os ovários.


Ser cristão não é conquistar Cristo,
mas deixar-se conquistar por Ele.
Deixa que Ele conquiste em ti,
que Ele conquiste para ti,
que Ele te conquiste.
Santo Agostinho


Ao sair do consultório comecei a chorar. Meus ovários estavam se arruinando e eu não sabia o que fazer. Só imaginava que se as coisas continuassem assim, como eu poderia ter um filho? Será que é tão difícil assim realizar o sonho de ser mãe? Eu só queria simplesmente gerar um filho a amá-lo. Por que tem que ser tão difícil? Pra algumas mulheres que não sonham tanto assim em ser mãe, ter um filho seria fácil. Já pra mim, que quero tanto gerar um filho, quantas provações!

Fui ao trabalho chorando muito. Cheguei lá com uma cara péssima. Conversei com minhas amigas e consegui me acalmar um pouco. Rezei, conversei com Deus e me acalmei mais ainda. É muito difícil ver as coisas com clareza quando meu maior sonho parece comprometido. Resolvi ligar para o meu oncologista para saber a opinião dele. Ele não me atendeu, mas retornou à noite. Contei para ele sobre o meu exame e ele achou muito estranho. Pediu que eu mandasse por e-mail o laudo escaneado. Ele viu que realmente era como eu estava dizendo, então pediu que eu levasse o exame no consultório dele.

Próxima postagem: Parte 97

4 comentários:

  1. Olá! O Câncer é muito doloroso para quem tem! Há um livro "Câncer tem cura!" do frei Romano Zago, que ensina uma receita simples de tratamento através da Babosa. Segundo o autor, esse tratamento tem curado muitas pessoas, e até em estado crítico. A receita é: 500 g de mel, duas folhas grandes de Babosa, tirar os espinhos e 2 colheres de cachaça ou uísque. Bater tudo no liquidificado, a babosa com casca e tudo. Veja este vídeo em entrevista: http://youtu.be/5XiQgTQtRHk

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  2. Olá estou lhe convidando a participar da pesquisa intitulada “Relações entre Otimismo e Neuroticismo em mulheres com câncer de mama”, que faz parte do trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Avaliação Psicológica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, psicóloga Rafaela A. D. Araújo. O objetivo é avaliar as relações entre Otimismo e o fator de personalidade Neuroticismo (tendência para experimentar emoções negativas, como raiva, ansiedade ou depressão) no sentido de buscar evidências dessa relação e, assim, contribuir teoricamente para a construção de intervenções de apoio para estas mulheres. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – localizado no Instituto de Psicologia da UFRGS. Se você puder enviar este convite para outras mulheres, que possam responder a pesquisa basta ter 18 anos ou mais e ter ou já ter tido câncer de mama. A aplicação do questionário é rápida, tem duração de aproximadamente 15 minutos, via internet, é anônima, mas é muito importante, pois poderá gerar conhecimento para que psicólogos compreendam melhor a relação entre otimismo e o fator de personalidade neuroticismo e possam auxiliar mulheres com câncer de mama a enfrentarem o tratamento preservando sua qualidade de vida. Em caso de dúvidas, você poderá obter mais informações com o Dr. Claudio Hutz (orientador desta pesquisa) e comigo pelo e-mail (rafaelaalessandrad@yahoo.com.br). Aguardo seu retorno no meu email, para poder lhe enviar o questionário, obrigada.

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  3. Oi...você realmente é uma guerreira,seus depoimentos servem de estimulo a quem está passando por essa situação. Fiquei curiosa para saber o que aconteceu depois que vc levou o resultado fo exame ao oncologista, o que houve que parou de postar? Obrigada e que Deus continue te abençoando.

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  4. Olá,
    Seu blog é encorajador...
    Também estou me tratando contra um câncer de mama...
    Dessa maneira conheci muitas pessoas pelos corredores dos hospitais que se encontravam tristes e atordoadas, principalmente sem saber como proceder com relação as suas dores e como se comportar com os seus familiares.
    Pior do que as agonias dos doentes que encontram-se fazendo quimioterapia, só mesmo as aflições dos pais dos doentes, né?
    Eu escrevo num site sobre a Amazônia, mas ele possui um segredo.
    Conforme uma promessa que fiz pra alguns colegas enfermos que conheci pelas salas de espera das enfermarias ( Impressionante, tem 10 meses que estou combatendo o câncer e quase metade das pessoas que eu conheci e que estavam com a mesma doença que eu, já morreram, inclusive duas coleguinhas pras quais eu prometi que escreveria sobre o assunto), estou postando no meu site (www.florestaaguadonorte.com.br) os percalços da minha doença. Dá uma olhadinha. Não aparece no menu da lateral, mas no “Mapa do Site” (abre pelo cabeçalho do site), com o nome “ULTRAPASSANDO BARREIRAS: Câncer”. Olha o endereço ai embaixo:
    http://www.florestaaguadonorte.com.br/ultrapassando-barreiras
    Vou indicar seu blog pras outras pessoas que estão ultrapassando problemas de câncer. É bom encontrar pessoas com dificuldades parecidas e que gostam de se ajudar.
    Desejo boa sorte pra você e que sua saúde seja logo recuperada.
    Um abraço
    Carmen

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