Parte 38 - Troca dos Curativos

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
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Eu não quis olhar enquanto ela trocava o curativo. A prima da minha mãe viu e disse que estava muito bem feito e que a cicatriz seria mínima. Os pontos haviam sido internos, coisa que não é muito comum em hospital público. Essas coisas me faziam perceber como a minha médica gosta de mim tanto quando eu gosto dela. Até a enfermeira percebeu o tratamento especial que eu tinha. Ela disse:
- A doutora gosta muito de você, não é?
- É. E eu dela!
- Ela passou lá pela sala das enfermeiras e disse “olhe, cuidem bem da minha paciente, viu”
- E a gente disse “o que é isso doutora? A gente sempre cuida” E ela entrou para explicar bem direitinho como queria que eu fizesse o teu curativo.

E eu quase me emocionei com todo esse carinho. Eu percorri caminhos tão difíceis, com médicos tão ruins, que não se preocupavam comigo como paciente e muito menos como pessoa. Mas a minha médica se preocupava com Tudo. Era minha segunda mãe. Era digna de toda a minha admiração e carinho.

“Faça por merecer”
( O Resgate do Soldado Ryan )


Em seguida ao curativo veio a minha psicóloga ver como eu estava. Mas eu falei o tempo todo sobre como eu estava feliz e me sentindo bem. A única coisa que me incomodava era ter que ficar naquele hospital e com aquele dreno em mim. Mas, como eu estava com dreno e precisaria fazer curativos, eu até preferia ficar no hospital, pois estava sendo muito bem cuidada lá.
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Próxima Postagem: Parte 39 

Um comentário:

  1. Nada como nossa casa... mesmo recebendo todos os cuidado eu também não via a hora de chegar em casa. O dreno é chatinho mesmo... mas com ele é melhor mesmo ficar no hospital até a retirada. Vou lendo suas postagens e lembrado de muita coisa que passei. Bjus

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